sábado, 11 de agosto de 2007

Comigo mesma

A cidade se silencia.
estou comigo mesma:
não assisto a um filme
esperando o sono,
não procuro um livro pra me distrair
da longa e solitária noite,
não abro a geladeira compulsivamente,
não ligo a tv e nem procuro uma oração.
Penso no "comigo mesma"
o que está havendo?
de onde vem tanta paz?

Encontrei o baú do inconsciente
e de VAGAR, com muito VAGAR , dia a dia
remexo nas minhas tralhas, os ocultos sentimentos...
descarto os desinteressantes, ignoro os irremovíveis,
coloco em trancas de ferro os indispensáveis,
saboreio os prazeirosos, encaro os que me amedrontam,
tento entender sem nenhum sucesso,
aqueles que insistem em serem inatingíveis e obscuros...
(Hei de abrir por completo, esta gaveta)
e anestesio os dolorosos.

Então, com gestos delicados,
sem quebras nem ranhuras, dedo a dedo...
vou despejando no canto da gaveta do inconsciente,
aqueles raros e preciosos sentimentos de amor
que recebi neste longo tempo de vida!

Estou em paz comigo, nesta noite quente de inverno
é isso!

Um comentário:

Anônimo disse...

Queria te ver sempre assim. O tempo passa, vamos nos esforçar mais.
Bjs