sexta-feira, 31 de outubro de 2008

não fui

percorro o dia.

preguiçosamente,

saio da rotina.

descanso os olhos nas plantas do jardim

e lavo a alma

nos livros de poesias.

Como é bom

esperar a chuva

olhando pela janela

do quarto.

la fora, primavera afora,

vão os que não notam

nem as flores,

nem os jardins

incômodo?

só a chuva que ameaça vir...

para mim,

sentir o cheiro da terra molhada

me deixa "em graça"

comigo e o mundo,

não fui

venci a rotina!

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

incompatível: vida x cotidiano

quanto mais penso
mais me complico
descomplicando, deixei de pensar.
quero só sonhar!
viver a vida supérflua,
periférica
de alegrias,
teatro e fantasias...
ganho mais anos de vida,
na qualidade
e quantidade de viver
não haverá balança, nem calendário,
nem polegada.
medida nenhuma
haverá de mensurar
a vida vivida
camuflada
de fantasias coloridas.
Impecável ,
a vida
se veste de gala
para dançar
no grande salão do cotidiano.

sábado, 4 de outubro de 2008

nada de novo

nada encontrei

neste sábado.

a vida está suspensa no ar

não sei em que direção devo voar

sem asas me esborracho

no canto , no pranto

no tempo, no templo,

no mar ou em qualquer lugar...

invento asas, e livre sobrevôo

a vida deixada lá trás

não lilás,

nem neon,

nem prata,

nem carvão.

Inócua, ecoa no vácuo?

se vácuo, não há som

silenciosamente,

vejo e deixo

a vida passar...