domingo, 25 de maio de 2008

leitura

Li Leminski :

por que

rola

esta dor

de contador

de desamor?

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Meu menino - caçula

canta, meu menino

o seu canto embala a minha vida

que deu a mim a felicidade de ser

sua mãe...

Canta , menino

que o seu canto tem raízes profundas!

( lembra o seu avô e as cordas do seu violão)

toca , insista aos seus dedos

para procurarem os acordes...

Toca as músicas dos Zecas, ( o baleiro e pagodinho)

mas não se esqueça da "bachianinha"

tão bem dedilhada pelo seu pai...

Canta a canção do João, do Chico, do Zé Ramalho

(tá no seu genótipo, na sua alma)

Toca Cartola ou mesmo Fagner

e deixa a sua mãe guardar para sempre

nas "alamedas da memória"

esses doces momentos de "amor de mãe"

nesta maravilhosa vida

de tê-lo como filho!!

Óbvio

O óbvio não está na cara,
nem nas palavras :
fica sob a luz do "abajur".
Somente o coração
conhece aquela penumbra
e traduz claro para a mente
cansada de mentir...
na penumbra se encontra o claro, o óbvio
as certezas "a media luz"
que ninguém vê
e que o coração traduz
e a alma ignora o dialeto ,
a mensagem...
cai doente: doença d'alma!
não tem olhos para atentar-se
e cai na profunda tristeza
de sentir-se só
"somente só"
deixando o óbvio
nos ínfimos raios de luz,
esquecido , cheirando a guardado
enquanto a vida passa...e cobra!

sexta-feira, 16 de maio de 2008

minha menina

minha menina tem um quê
de gente grande
é uma mistura de mel , chocolate e chá verde
é rápida no pensar
corajosa pra enfrentar as dificuldades
fica de burro amarrado
quando contrariada
e não tem paciência com a lentidão
todo mundo tem que ter a clareza e a rapidez
da sua mente e da sua inteligência
minha menina é frágil
é cor de rosa
é um cocker espanhol
é uma violeta lilás
um arbusto florido
Nasceu na primavera , a minha menina...
e enfeita de flores a minha vida
a minha casa
o meu coração!
a minha menina
é grande no seu jeito de ser
e é mulher nas suas conversas
que me transformam
na sua ouvinte e na sua menina...
trocamos os papéis e ficamos iguais, igualmente
mãe e filha
filha e mãe
ah, a minha menina?
eu a amo por ser menina, mulher, filha ,companheira e amiga!

terça-feira, 13 de maio de 2008

saudade

vou telefonar para aqueles que eu amo:
para a Ana Júlia,
o Pedro,
Tiago
Fer
claudio
rafaela
fabiano
júlia
Priscila
Patricia
Cristiana
Voluzi
Marilda
Anete
Rogério
Tuon
Zezé
Ivani
Anna
Paulo
Dedé
Célia
Alaor
claudia
fernando
beto
Luciana
Parê
Armando
Goiaba
sérgio
Darlene
zeca
Cassia
Ivete
Sola
ieda
Rosinha
marcão
isabel
Bel
cleido
clarice
Ufa! estou sem fôlego e sem voz...

"on the ride"

vou sair em férias
férias de mim.
estou cansada dos mesmos percursos
da vida em círculo
(isso é tão antigo)
vou virar o Forrest Gump
quero reaver meus músculos
e perder meus pensamentos,
anestesiar o meu cérebro
descansadaMENTE,
ver os dias ,
as noites,
os lugares,
as estações,
os portos,
os mares,
as luas, (quatro - fases)
o sol,
as geleiras,
os desertos,
as montanhas,
as matas,
os rios...
e quando extenuada
ser aparada pelos amigos e filhos
na grande festa do encontro!!!
e contarei a todos as histórias vividas...

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Resposta ao meu amigo- sobre o texto G. Rosa -" A terceira margem do rio"

Na terceira margem do rio
ficam os nossos medos
para avistá-los de longe, somente.
nos falta coragem,
nos falta ousadia para nos aproximarmos, questionarmos...
ficamos apenas espreitando, alimentando, agasalhando
não julgamos os sentimentos parcos,
céticos, rudes ... apenas não há entendimento dos verbos
deixar, abandonar, ignorar...
apenas perguntamos até hoje:
Por que?
sem respostas, seguimos a vida ...
não construímos as canoas... ou estamos nelas?
não nos descansa a mente
não é nossa a culpa, nem deles
mas conosco sempre, por todos os tempos
ela insiste em nos acompanhar...
e seguimos ... pedindo perdão "não sei de que"
ou tentando perdoar
"sei lá o que..."
abraços, amigo.

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Lembranças

frio o dia, quente as cobertas

corro pra elas

esqueço o barulho

e ouço as lembranças

cada qual com o seu ...cada um com a sua ...

boto o tenis e não ando

é só pra dizer que no feriado

é dia de exercício

e o outro

é dia de levar a vida...

quando criança

me enrolava no carinho da minha tia

esquentava os pés na beira do fogão à lenha

e esperava a sopa quentinha do jantar

feito pela minha avó...

e o leite com chocolate condensava

na doçura das mãos de minha tia

para a minha cama quentinha!


as minhas irmãs

Anete e Marilda

vivem comigo dia a dia

hora a hora

minuto a minuto

na alma

na vida

no coração

na palma da minha mão...






encontrei

acabo de encontrar o que há tempo havia perdido
Não estava debaixo do tapete,
nem atrás do sofá
Em baixo da cama?
não , não estava...
estava bem na minha frente,
batendo na minha cara
eu é que não enxergava... não podia ver...
ainda bem...
que estou de posse
daquilo que me é demasiadamente
precioso.