em cada face, cada expressão ,
um mundo de sentimentos,
uma cesta de afetos e desafetos:
amor,angustia,dor,rejeição,
serenidade, agressividade,ternura,
medo, sabedoria, ignorância,
inteligência, sofrimento, crueldade,
solidariedade...
diariamente nós, cuidadores da saúde,
convivemos com estas variedades!
lidamos com a dor ( a nossa matéria prima )
a dor de morrer,
a incompreensão da dor...
emudece, abole as palavras
Há quem compreenda a dor?
Os poetas, os boêmios, os bêbados,
os meninos que adormecem na rua
e se aliviam nas drogas?
a moça violentada? o idoso abandonado?
a criança rejeitada? a mãe que vê morto o filho?
o homem abandonado?
o adolescente algemado?
Eu, fantasio as dores,
imagino esquizofrenicamente
transformar o local das dores,
em jardins de alívio
em recortes coloridos
em fontes de equilíbrio
em cantos bíblicos
para aqueles que cuidamos e
para nós, os cuidadores.
"enfermeira, veja isso, aquilo,
meus pés serão salvos?
amputados?"
podemos não necessitar de pés
e as vezes nem de mente,
nem de ouvidos, nem de olhos,
nem de razão...
necessitamos de afeto,
do toque, do amor , da pele do outro,
do sorriso, da presença das crianças,
do verde da natureza
Pronto. É disso que as pessoas
necessitam.
e aí nós, enfermeiros,
viramos mães, amigas, vós, tias, irmãs,
esposas, amantes ou
madrastas, fadas, bruxas, anjos...
tudo depende de compreendermos
a dor individual, daquela pessoa,
e da outra, e da outra...
de cada ser!
eu chego em casa a noitinha,
tiro os meus sapatos brancos,
não devo dividir dores,
aprendi isso com o tempo.
nem as minhas...
me pergunto: o que sobrou de mim?
de nós todos?
No outro dia, "O Amor Ágape"- o amor incondicional,
aquele que Cristo ensinou e praticou
(aprendi isso com minha amiga anna)
nos refaz e nos coloca
no caminho do retorno.
quinta-feira, 30 de agosto de 2007
terça-feira, 28 de agosto de 2007
ipê branco
a calçada da minha casa
ganhou hoje uma vida:
de folhas verdes e flores brancas
esta vida,certamente prolongará a minha...
enfeitou a fachada, a porta de entrada,
o lugar onde vivo.
na primavera de 2008,
provavelmente terei flores,
e a exuberancia será maior
a cada ano passado...
tem a idade da Priscila,
a fortaleza da júlia,
e a alegria e beleza dos meus filhos
é o marco das vidas se refazendo,
juntando os cacos do que restou
daquilo que chamamos de amor:
da época das poesias, das canções,
do caminho incerto com a certeza
da parceria e da cumplicidade...
do tempo do nascimento dos filhos
deixando continuar as nossas vidas
houve momento em que a beleza deste caminho era tanta
que aguçava curiosidades, despertava admiração,
e o respeito naturalmente surgiu
nos olhares e falas dos incrédulos...
O ipê branco, criança,
está na calçada da minha casa...
promete raízes profundas, caules fortes,
folhas verdes, flores brancas,
sombra para as reuniões
perfumes da primavera
e o aconchego da família e dos amigos
Seria o marco? O símbolo?
Há algo tentando sobreviver?
Reviver? raízes profundas...
crianças saudáveis...
troncos fortes, flores brancas
a vida com paz...serena
o amor se esconde nos galhos?
o ipê , o amor, a família,
deslumbrantemente renascem?
ganhou hoje uma vida:
de folhas verdes e flores brancas
esta vida,certamente prolongará a minha...
enfeitou a fachada, a porta de entrada,
o lugar onde vivo.
na primavera de 2008,
provavelmente terei flores,
e a exuberancia será maior
a cada ano passado...
tem a idade da Priscila,
a fortaleza da júlia,
e a alegria e beleza dos meus filhos
é o marco das vidas se refazendo,
juntando os cacos do que restou
daquilo que chamamos de amor:
da época das poesias, das canções,
do caminho incerto com a certeza
da parceria e da cumplicidade...
do tempo do nascimento dos filhos
deixando continuar as nossas vidas
houve momento em que a beleza deste caminho era tanta
que aguçava curiosidades, despertava admiração,
e o respeito naturalmente surgiu
nos olhares e falas dos incrédulos...
O ipê branco, criança,
está na calçada da minha casa...
promete raízes profundas, caules fortes,
folhas verdes, flores brancas,
sombra para as reuniões
perfumes da primavera
e o aconchego da família e dos amigos
Seria o marco? O símbolo?
Há algo tentando sobreviver?
Reviver? raízes profundas...
crianças saudáveis...
troncos fortes, flores brancas
a vida com paz...serena
o amor se esconde nos galhos?
o ipê , o amor, a família,
deslumbrantemente renascem?
terça-feira, 21 de agosto de 2007
presente
ontem eu ganhei um livro...
textos do Rubem Alves,
cujo título me fez refletir sobre
aquilo que penso, quando não estou pensando.
dificilmente eu não penso
não consigo me abstrair
quando deito, vem os pensamentos que não quero pensar
procuro disfarçar, contar carneirinhos...
e de repente estou contabilizando
o que não fiz e deveria ter feito
ou aquilo que fiz e não deveria faze-lo.
os momentos em que não penso
são quando, as crianças netas
Priscila e júlia, me levam para um mundo
habitado por princesas, crianças, bichos,
florestas, mar, rios, o mal,o bem,
(-"conta uma história, vovó!
era uma vez...uma menininha?
pergunto...
-"não vó, era uma bruxa"
e assim elas próprias
vão construindo as histórias...
-"a bruxa morreu, vovó?"
- morreu? pergunto...
-"não, vovó, coitadinha..."
Então não...ela ficou boazinha!)
ganhei este livro do Rogério- amigo
cuja sensibilidade me faz pequena...
para ele também "as bruxas não devem morrer"
cuidadoso, escolhe as palavras
para dizer o que necessita ser dito
Tem esse dom.
sem ferir, sem magoar...
Enaltece os bons sentimentos,
sem prestar atenção nos maus.
acolhe...dá colo!
espera o momento para falar.
as verdades vão lhes saltando nas palavras
devagarzinho, parecendo ser
absolutamente desnecessárias...
e ele se inclui na situação do outro,
nivela as condições, deixa-se igual,
e o outro, naquele exato momento
entende a sua pequenez, faz o "mea culpa"
e ganha um amigo...
Esse é o Rogério.
cuidador das crianças,
mas também cuida da alma dos adultos
É isso!
é um cuidador de almas,
sem descuidar da sua...
as suas aflições?
não descobri onde ele as esconde.
textos do Rubem Alves,
cujo título me fez refletir sobre
aquilo que penso, quando não estou pensando.
dificilmente eu não penso
não consigo me abstrair
quando deito, vem os pensamentos que não quero pensar
procuro disfarçar, contar carneirinhos...
e de repente estou contabilizando
o que não fiz e deveria ter feito
ou aquilo que fiz e não deveria faze-lo.
os momentos em que não penso
são quando, as crianças netas
Priscila e júlia, me levam para um mundo
habitado por princesas, crianças, bichos,
florestas, mar, rios, o mal,o bem,
(-"conta uma história, vovó!
era uma vez...uma menininha?
pergunto...
-"não vó, era uma bruxa"
e assim elas próprias
vão construindo as histórias...
-"a bruxa morreu, vovó?"
- morreu? pergunto...
-"não, vovó, coitadinha..."
Então não...ela ficou boazinha!)
ganhei este livro do Rogério- amigo
cuja sensibilidade me faz pequena...
para ele também "as bruxas não devem morrer"
cuidadoso, escolhe as palavras
para dizer o que necessita ser dito
Tem esse dom.
sem ferir, sem magoar...
Enaltece os bons sentimentos,
sem prestar atenção nos maus.
acolhe...dá colo!
espera o momento para falar.
as verdades vão lhes saltando nas palavras
devagarzinho, parecendo ser
absolutamente desnecessárias...
e ele se inclui na situação do outro,
nivela as condições, deixa-se igual,
e o outro, naquele exato momento
entende a sua pequenez, faz o "mea culpa"
e ganha um amigo...
Esse é o Rogério.
cuidador das crianças,
mas também cuida da alma dos adultos
É isso!
é um cuidador de almas,
sem descuidar da sua...
as suas aflições?
não descobri onde ele as esconde.
sexta-feira, 17 de agosto de 2007
Noite de Sexta
hoje é sexta feira
discordo do Pedro,
meu sobrinho e também "blogueiro",
que por se tratar de sexta,
o dia, a tarde,a noite
fica com gosto de festa e liberdade
o que faço eu nesta sexta?
a antiga e companheira melancolia
chega sem aviso, senta-se na sala de estar
estica-se no sofá,
controla os programas de tv
tomando posse do "controle remoto"
sábia, não arreda o pé
e como a tv, também me controla...
cheira a guardado,nunca tomou sol
porque sempre chega à noitinha.
já não me pega desprevenida:
conheço os seus passos sorrateiros...
divide comigo os espaços
e as estranhezas da minha alma
pergunta dos filhos ausentes,
das netas que hoje não vieram,
dos amigos que estão comigo durante a semana
e vivem as suas vidas nos finais delas
pergunta pelos meus pais, minhas irmãs
e revira a minha memória:
tempos bons, tempos ruins...
ah, ela prefere os tempos idos
não me fala em sonhos ou futuro
Remexe a minha vida, percorre a minha infância,
procura os caminhos esquecidos,
e me faz lembrar os velhos lares
de afetos, comida quente, quintais de frutas
Ignoro-a, driblo o seu sarcasmo
aproveito as dicas de minha filha
e procuro "empana-la"!
não me aborrece mais a sua antiga presença
estou mais esperta, consigo até tirar proveito
da amarga e terna melancolia...
nas noites de sextas ,
eu canto prá ela a melodia
de não ser mais o que ela me tornou um dia.
discordo do Pedro,
meu sobrinho e também "blogueiro",
que por se tratar de sexta,
o dia, a tarde,a noite
fica com gosto de festa e liberdade
o que faço eu nesta sexta?
a antiga e companheira melancolia
chega sem aviso, senta-se na sala de estar
estica-se no sofá,
controla os programas de tv
tomando posse do "controle remoto"
sábia, não arreda o pé
e como a tv, também me controla...
cheira a guardado,nunca tomou sol
porque sempre chega à noitinha.
já não me pega desprevenida:
conheço os seus passos sorrateiros...
divide comigo os espaços
e as estranhezas da minha alma
pergunta dos filhos ausentes,
das netas que hoje não vieram,
dos amigos que estão comigo durante a semana
e vivem as suas vidas nos finais delas
pergunta pelos meus pais, minhas irmãs
e revira a minha memória:
tempos bons, tempos ruins...
ah, ela prefere os tempos idos
não me fala em sonhos ou futuro
Remexe a minha vida, percorre a minha infância,
procura os caminhos esquecidos,
e me faz lembrar os velhos lares
de afetos, comida quente, quintais de frutas
Ignoro-a, driblo o seu sarcasmo
aproveito as dicas de minha filha
e procuro "empana-la"!
não me aborrece mais a sua antiga presença
estou mais esperta, consigo até tirar proveito
da amarga e terna melancolia...
nas noites de sextas ,
eu canto prá ela a melodia
de não ser mais o que ela me tornou um dia.
domingo, 12 de agosto de 2007
Maria
"atrás daquele morro tem um pé de manacá,
nós vamos prá lá,
nós vamos casá
Voce quer?
ora se quero meu amor...
Voce vai ?
ora se vou , meu amor"
No alto daquela serra tem a casa da Maria
que cantava Angela e cascatinha
maria hospitaleira,
do pão caseiro, doce de coco no canudo
Maria das graças, pra gente rir
Maria e josé...
que criou as crianças...
nove e mais uma, mais uma...
orquídeas, pé de couve, goiaba
limão cravo, animais e passarinhos
e crianças no quintal, na barriga
aquelas que nasceram e não vieram
aquela que nasceu diferente e
Maria a fez igual...
aquela que se foi e
sufocou Maria até a morte
Quem foi? O que foi?
Quem? Como?
Calma Maria,
prá tamanha fatalidade,
não tem explicação!
Respire... respire... não se sufoque,
não acelere o seu coração,
não atropele o seu coração,
deixa que ele bata no compasso
da música que nos canta.
Res- pi- re Maria,
expanda o seu pulmão
Deus lhe deu todo o ar do mundo:
deixe ele entrar no seu peito
e te mostrar a grandeza do seu ser
não, não nos deixe...
as minhas e as outras crianças não vão entender
e a cachoeira? as frutas? a horta? o
pão feito pelas tuas mãos?
as histórias na varanda?
diga, Maria... por que desistiu?
fechou o teu peito e o teu coração...
Por que não me avisou?
quando te vi, no ultimo encontro
tive a impressão que enfim,
voce aprendeu a respirar...
"Peguei todas as flores do pé de manacá
e fiz um buquê para te enfeitar
Voce quer?"
responda, Maria...
nós vamos prá lá,
nós vamos casá
Voce quer?
ora se quero meu amor...
Voce vai ?
ora se vou , meu amor"
No alto daquela serra tem a casa da Maria
que cantava Angela e cascatinha
maria hospitaleira,
do pão caseiro, doce de coco no canudo
Maria das graças, pra gente rir
Maria e josé...
que criou as crianças...
nove e mais uma, mais uma...
orquídeas, pé de couve, goiaba
limão cravo, animais e passarinhos
e crianças no quintal, na barriga
aquelas que nasceram e não vieram
aquela que nasceu diferente e
Maria a fez igual...
aquela que se foi e
sufocou Maria até a morte
Quem foi? O que foi?
Quem? Como?
Calma Maria,
prá tamanha fatalidade,
não tem explicação!
Respire... respire... não se sufoque,
não acelere o seu coração,
não atropele o seu coração,
deixa que ele bata no compasso
da música que nos canta.
Res- pi- re Maria,
expanda o seu pulmão
Deus lhe deu todo o ar do mundo:
deixe ele entrar no seu peito
e te mostrar a grandeza do seu ser
não, não nos deixe...
as minhas e as outras crianças não vão entender
e a cachoeira? as frutas? a horta? o
pão feito pelas tuas mãos?
as histórias na varanda?
diga, Maria... por que desistiu?
fechou o teu peito e o teu coração...
Por que não me avisou?
quando te vi, no ultimo encontro
tive a impressão que enfim,
voce aprendeu a respirar...
"Peguei todas as flores do pé de manacá
e fiz um buquê para te enfeitar
Voce quer?"
responda, Maria...
Blefe
Não pude, não quis, não me esquivei:
deixei de lado os rumores,
os pudores ...
não hesitei em lhe dizer as bobeiras do meu coração
pensei que fosse gargalhar... no entanto
incrédulo voce me olhou e me levou a sério.
O que é isso?
Estou blefando...
"Coloque uma música clássica,
eu tiro os sapatos,
dançaremos neste curto espaço da sala
como se fosse um grande salão de festas
e fingiremos que a vida é isso:
eu e voce ... festa, música, dança
e as doces palavras do descompromisso..."
pronto, olha aí o meu coração de novo cheio de esperança!
Volto- me para o espelho refletindo o meu mundo.
o momento mágico desaparece...
Coloco agora o DVD da vida
e retorno a minha personagem,
uniformemente,
invariavelmente,
no desequilíbrio da linha da vida,
do fim da vida.
deixei de lado os rumores,
os pudores ...
não hesitei em lhe dizer as bobeiras do meu coração
pensei que fosse gargalhar... no entanto
incrédulo voce me olhou e me levou a sério.
O que é isso?
Estou blefando...
"Coloque uma música clássica,
eu tiro os sapatos,
dançaremos neste curto espaço da sala
como se fosse um grande salão de festas
e fingiremos que a vida é isso:
eu e voce ... festa, música, dança
e as doces palavras do descompromisso..."
pronto, olha aí o meu coração de novo cheio de esperança!
Volto- me para o espelho refletindo o meu mundo.
o momento mágico desaparece...
Coloco agora o DVD da vida
e retorno a minha personagem,
uniformemente,
invariavelmente,
no desequilíbrio da linha da vida,
do fim da vida.
sábado, 11 de agosto de 2007
Comigo mesma
A cidade se silencia.
estou comigo mesma:
não assisto a um filme
esperando o sono,
não procuro um livro pra me distrair
da longa e solitária noite,
não abro a geladeira compulsivamente,
não ligo a tv e nem procuro uma oração.
Penso no "comigo mesma"
o que está havendo?
de onde vem tanta paz?
Encontrei o baú do inconsciente
e de VAGAR, com muito VAGAR , dia a dia
remexo nas minhas tralhas, os ocultos sentimentos...
descarto os desinteressantes, ignoro os irremovíveis,
coloco em trancas de ferro os indispensáveis,
saboreio os prazeirosos, encaro os que me amedrontam,
tento entender sem nenhum sucesso,
aqueles que insistem em serem inatingíveis e obscuros...
(Hei de abrir por completo, esta gaveta)
e anestesio os dolorosos.
Então, com gestos delicados,
sem quebras nem ranhuras, dedo a dedo...
vou despejando no canto da gaveta do inconsciente,
aqueles raros e preciosos sentimentos de amor
que recebi neste longo tempo de vida!
Estou em paz comigo, nesta noite quente de inverno
é isso!
estou comigo mesma:
não assisto a um filme
esperando o sono,
não procuro um livro pra me distrair
da longa e solitária noite,
não abro a geladeira compulsivamente,
não ligo a tv e nem procuro uma oração.
Penso no "comigo mesma"
o que está havendo?
de onde vem tanta paz?
Encontrei o baú do inconsciente
e de VAGAR, com muito VAGAR , dia a dia
remexo nas minhas tralhas, os ocultos sentimentos...
descarto os desinteressantes, ignoro os irremovíveis,
coloco em trancas de ferro os indispensáveis,
saboreio os prazeirosos, encaro os que me amedrontam,
tento entender sem nenhum sucesso,
aqueles que insistem em serem inatingíveis e obscuros...
(Hei de abrir por completo, esta gaveta)
e anestesio os dolorosos.
Então, com gestos delicados,
sem quebras nem ranhuras, dedo a dedo...
vou despejando no canto da gaveta do inconsciente,
aqueles raros e preciosos sentimentos de amor
que recebi neste longo tempo de vida!
Estou em paz comigo, nesta noite quente de inverno
é isso!
sexta-feira, 10 de agosto de 2007
Anas
Interessante... as anas me fascinam!
elas me rodeiam, passam por mim,
me ensinam, me perturbam, ficam para sempre...
enfim, estão na minha vida.
A ana que também é Júlia
me impressiona, me surpreende
e as vezes me assusta!
chega cheia de si, dona dela e do mundo:
- saia da frente, ou morra no atropelo
de tantas idéias e sonhos!
pelo tempo de existencia, sabe muito,
é sensível, desconfiada, inserida no mundo global.
está lhe faltando paciencia...para os mundos pequenos,
sem graça, pobre de sabedoria ou de alegria.
muda de humor quando as "coisas"
perdem o brilho do desafio...
necessita de mudanças, do novo, do desconhecido...
Quando tudo está sob o seu domínio ,
lá vai ela de novo atrás do desconforto dos seus desejos!
Esta ana também sabe ser engraçada:
faz graça pros amigos e pro namorado.
e leva muiiiito tempo para escolher um vestido na loja...
gosta de chocolate e...
no desinteressante da vida, arruma muito sono...
enrolou a sua vida com a do Ti, o namorado ,
com a do Bob, seu cachorro.
Esta Ana é parte de mim,
não viveria sem os seus mimos e seus encantos...
É o meu grande amor.
A Anna com dois ns, me acolhe com o largo sorriso...
esbanja admiração . Mal das Anas?
é tanta inteligencia que está blindada
a qualquer deslealdade que lhe façam!
Inventa, cria, faz, aperfeiçoa, aprende, repassa ...
Tem períodos que desata a chorar...
outros... briga e muito!
quer fazer valer o justo, o certo, o óbvio
Ana guerreira... reinventa o amor,
transpõe a hipocrisia, faz encontros
em prol da harmonia e assim, pode viver...
desconhece as meias palavras...
evita a mediocridade e onde ela está
pode-se ouvir suas gargalhadas
é sábia e fascinante no seu jeito de ser...
dependo desta anna para viver
Tantas outras anas na minha vida...
anas sobrinhas, anas colegas,
anas da infancia, anas que se perderam de mim
e aquelas que se foram para sempre...
Todas especiais e com seu jeito diferente de ser:
INTENSAS ANAS.
domingo, 5 de agosto de 2007
"estou em QAP com a vida"
Estou em QAP ...
Para muitos que não sabem este é um código que nós, profissionais da saúde usamos via rádio, para que a equipe esteja preparada para receber um paciente que está chegando com risco de morrer, ou seja: " ficar em alerta" "estar preparado" "paramentado" para receber e cuidar da vida daquela pessoa... "ou trazer de volta à vida".
Isso implica em muitos procedimentos : checar equipamentos, medicamentos mas, sobretudo estarmos atentos sobre a descrição do ocorrido para agirmos com certeza, firmeza, determinação e enfim salvarmos aquela vida! Tudo tem de ser sincronizado, uma mão necessitando da outra... um sinal de alerta com os olhos, cada um no seu lugar, ocupando o seu espaço... e as palavras claras, sem ambiguidade, metáforas. Nada de exageros ou de minimização. Tem que ser na medida certa... então, comemoramos o sucesso: está salva mais uma vida!!!
Está aí... agora todos podem entender o nome do meu blog- estou em "alerta" com a minha vida. Quero estar e viver na medida certa... no meu tamanho. Ficar atenta às armadilhas que eu mesma me preparo. Quero fazer aquilo que eu quero e gosto de fazer... E escrever é compatível com viver. Estou necessitando viver. Começo tímidamente, mas já é um passo.
É isso.
Para muitos que não sabem este é um código que nós, profissionais da saúde usamos via rádio, para que a equipe esteja preparada para receber um paciente que está chegando com risco de morrer, ou seja: " ficar em alerta" "estar preparado" "paramentado" para receber e cuidar da vida daquela pessoa... "ou trazer de volta à vida".
Isso implica em muitos procedimentos : checar equipamentos, medicamentos mas, sobretudo estarmos atentos sobre a descrição do ocorrido para agirmos com certeza, firmeza, determinação e enfim salvarmos aquela vida! Tudo tem de ser sincronizado, uma mão necessitando da outra... um sinal de alerta com os olhos, cada um no seu lugar, ocupando o seu espaço... e as palavras claras, sem ambiguidade, metáforas. Nada de exageros ou de minimização. Tem que ser na medida certa... então, comemoramos o sucesso: está salva mais uma vida!!!
Está aí... agora todos podem entender o nome do meu blog- estou em "alerta" com a minha vida. Quero estar e viver na medida certa... no meu tamanho. Ficar atenta às armadilhas que eu mesma me preparo. Quero fazer aquilo que eu quero e gosto de fazer... E escrever é compatível com viver. Estou necessitando viver. Começo tímidamente, mas já é um passo.
É isso.
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