quinta-feira, 29 de outubro de 2009

de longe

Encontro amigas
nunca vistas

encontro amigas
sem conhece-las

amigas de muito longe

melhor.
de perto 
talvez seríamos estranhas

domingo, 11 de outubro de 2009

inercia

Decisões não são fáceis. Principalmente quando queremos mudar o rumo de longos anos vividos igualmente. As vezes em alta as vezes em baixa mas na maioria das vezes sempre igual. Tem que ter coragem. Não há mais as ferramentas da época da juventude. Por exemplo: audácia. Hoje a gente conhece o medo. já conhece os caminhos. Já conhece os passos . E não vão dar em nada?

O grande aliado da inercia para o novo é o medo. Medo de um novo trabalho mesmo sentindo que o atual está te consumindo como um tumor que aos poucos te mata. Medo de um novo lugar mesmo sabendo que o atual não tem nada para te oferecer. Medo de não ter novos amigos mesmo não os tendo agora. Alguns antigos que sempre serão amigos mas, novos? Medo de pessoas ou de não ter pessoas ao seu redor.

A estrada antiga, conhecida em detalhes , está desgastada pelo tempo. É preciso encontrar outros caminhos para serem explorados, com vegetações e climas diferentes. Haverá tempestades, armadilhas, ladeiras, porem tudo novo. Nada vivido antes. Um caminho novinho...com outros formatos, outras cores, outras paisagens.

Carregando a antiga estrada vivida, há de se viver o novo. Vivemos o que há dentro de nós e se este grande inimigo da vida, o doutor em catatonia, o grande e Senhor Medo nos deixasse viver o novo?

A porta do tempo se abriria para mais anos de vida. Cinematicamente. Outros mundos, outras vidas, outras cores.

É só o que bastaria.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Labirinto

Quem já perdeu o chão?
Dia comum . Desses em que você vai dormir pensando na rotina pesada do amanhã.Deito e durmo. Amanhã será amanhã. Como todos os amanhãs.
Não foi! Acordo por volta das cinco tentando me encontrar: a parede do quarto gira, a cama gira ...com tanta velocidade que imediatamente entro em pânico! Agarro as laterais do colchão (só alcancei uma) e começo a gritar. Afinal, o que acontece? Um terremoto? Tsunami? furacão? O meu cerebelo e meu labirinto, tinham enlouquecidos. Ou eu ?
Vou dominar isto e reencontrar meu lugar neste planeta. Tento me levantar. Sou arremessada não sei por qual força no meu colchão e a velocidade do giro aumentou. Peço socorro.
Eu me perdi no espaço. Onde estou? Não tenho direção e nem sentido... se a parede parasse , encontraria o chão.
Imagine uma doença horrível que te arremessa no colchão e o todo que te cerca gira até você finalmente perder o sentido.
Perdi o rumo, literalmente...
Começo a peregrinação: serviço de emergência, otorrino, neurologista: "problemas com o seu ouvido médio, canais semicirculares". Tomei remédios que nós profissionais da saúde lidamos com eles todos os dias.
Um sono me levou para "as profundezas do mar sem fim "- como minha filha diz
Eu me desliguei do mundo, me desconectei sem fazer back up, o que era importante desapareceu... Esqueci de salvar, desconfigurou-se. Perdi a senha. Não tenho mais login.
A rotina diária, extenuante, com poderes soberanos sobre o meu corpo e minha mente me dizendo todos os dias que "isso depende de você... você é que precisa estar lá... você deve decidir... ajudar... complementar... elaborar... reunir... decidir..." exibindo superioridade, foi para o espaço.
Quando você está vivendo o vai e vem, a rotina se dá uma falsa importância exuberando o pequeno ou com golpes diários, "arranhadas no coração", ela vai aos poucos te matando. Desta vez, ela foi para o espaço assim como meu corpo e meu cérebro.
Eu voava no pequeno espaço do meu quarto ou era o meu quarto que voava ao redor de mim?Pensei em Freud. Cadê o meu ego? Pensando em ego quando está se perdendo o id!
Pensei em Niezstche "a distância mais curta entre duas montanhas é de cume a cume " Não dou um passo. Não saio da minha cama. Voar? Em círculo ? No mesmo espaço? Vendo as paredes passarem ou eu passando por elas?
Pensei em Leminski - "quem dera eu visse o outro lado, o lado de lá, lado meio, onde o triângulo é quadrado" ou Clarissa Estés- "nunca é errado ir à procura do que necessitamos. Nunca mesmo."
Procuro o meu chão. Necessito dele. Saio à procura. Não o encontro.Não acho o ângulo, nem o lado de lá, o quadrado ora triângulo, gira.
Entro por quinze dias neste estado: ou giro ou bloqueio com os medicamentos todas as minhas sensações e volto para as profundezas do mar, da alma.
Aos poucos reencontro o meu chão, torto, sem arrimo, vazio. Nada de olhar o horizonte. Nem para cima nem para baixo. Tento em centímetros, muito lento.
A lentidão me comove. A vida, em câmara lenta, possibilita observar todos os detalhes...Aqueles nunca antes percebidos .
Ando torta em linhas retas. Perdi o equilíbrio. Estou na corda bamba.
Passo a passo, lentos, como este novo modo de sentir o tempo.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

rimas

comprei um guardachuva e nem

choveu

seria porque o meu guardachuva não tem hifen?

escureceu

esperei a chuva e me guardei

não teve sol e nem chuva

casamento de viúva...

ou de espanhol?

daí não teve chuva e nem sol

gostoso brincar com rimas

me deixa leve e sem cismas

terça-feira, 15 de setembro de 2009

ponte

passei por esta ponte

tão estreita

nem medo senti,

nem percebi

a agua que corria

no riacho debaixo dela

esta ponte permite

apenas pé ante pé

nem me desequilibrei

um fio d'agua

sem perigo

nem hesito

já conheço os passos

passo de olhos vendados

setembros

setembros

lembram-me

de jardins de margaridas

e pés de jabuticabas.

as frutas negras, reluzentes

grudadinhas umas as outras.

alguém já viu alguma árvore mais acolhedora do que

uma jaboticabeira?

e um jardim mais singelo

como os de margaridas brancas

de "miolo" amarelo?

as jabiticabas negras e doces

- mel negro-

há sempre uma forquilha em forma de banco,

um colo

pra você se sentar

e se deliciar com estas frutas

tão doces,

uma, depois outra, e outra, mais uma

não tem fim.

e você vai se ajeitando no banco improvisado

que aquela árvore te oferece

estica o braço e apanha mais uma

agora escolhida, no capricho

jabuticabeiras agregam,

margaridas também.

Um tapete bordado : branco e amarelo.

Uma flor bem junta a outra

resplandece aos sóis dos setembros.

As jabuticabas, de flores brancas

tornaram -se frutos negros, doces, licorosos

Redondos e perfeitos.

penso em Deus,

quero uma conversa com Ele.

jabuticabas e margaridas

me colocam perto de Deus

E o perfume desta mistura?

Não há em outros cantos do mundo.

é só aqui, neste país.

Eu e Deus,

enfim um reencontro.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

"feeling"

comemoro a volta do amigo
que deixara de escrever.
Talvez até escrevesse,
e não mais postasse no blog.
ou talvez, passou por um período
de reflexão, buscando um guru...
que nada, ele se encheu
desistiu das palavras
e resolveu tocar um instrumento.
Algo muito nobre
o distanciou das míseras teclinhas do MC
tenho certeza . Foi isso.
Uma grande criação porque este meu amigo é criador.
Ele cria histórias
Desenha as histórias
publica-as.
Nada demais, nem de menos
Foi uma retirada para
refletir, criar, desenhar,
colocar em telas?
fazer show num teatro de arena?
saiu de fininho, sem se despedir
por motivos justos
maiores,
aqueles que mexem com as entranhas.
Coisa de pele
porque a palavra que o define é "feeling"
desde de criança,
desde sempre de sua existência.
Sorte minha :
ele retornou para os escritos

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Senhora Ansiedade

Senhora do agora , do já.

A ansiedade não acalma

desconhece a paz,

desequilibra o ambiente,

amaldiçoa os cérebros lentos

os passos calmos

um após outro...

Ela tem pressa, não permite histórias longas,

discursos prolixos.

ela atropela, é sem educação.

coloca as palavras na boca de quem inicia a frase

ou pior, termina a frase do outro.

anda e vai falando

ou fala e vai andando

briga com o tempo, instiga as decisões.

sem paciência, sofre de "dispnéia"

Não se senta num banco

para esperar a sua vez na fila

jogando conversa fora...

Ela nem conversa!

fica roendo as unhas,

balançando as pernas.

anda de um lado para outro,

resmunga,

mostra os dentes, tem arrepios, suores

empurra ou dá rasteiras

e sai correndo atrás do nada.

Sofre de dor de estômago,

coração acelerado,

engasgamento,

"peito apertado".

Não dá o braço a torcer

não chora nunca

É a rainha da cobrança.

Gosta da pergunta: Terminou?

tem olhos arregalados,

abomina o sono,

e vomita quando é pressionada.

Coitada,

não suporta pensar em si mesma.

A ansiedade morre de arritmia

ou entrestecida,

envelhece aos trinta.

domingo, 16 de agosto de 2009

olhar

Olho para trás e vejo o passado.

O tempo, mesmo relativo, absolutamente claro dita o presente.

Melhor é ir sem olhar para trás.

Vai que o bicho te pega?

ou fica na espreita?

Adormeceu?

Não tem como se livrar.

O que passou, passou?

Coisa nenhuma , te pega adiante.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Quero

estou com saudade
de amigos,
leite ninho com nescau,
de uma coberta bem quente,
de uma roda
de música e poesias,
de bricadeiras de universitários.
Advinho o filme
nas mímicas dos amigos ausentes
quero o calor das fogueiras
que fazíamos à beira do rio
e as noites que discutíamos
literatura, teatro, cinema.
Os casais abraçados,
e os amigos também protegidos
porque ali desperdiçávamos amor.
tudo compreendido,
não precisava explicar
claro como a noite
de lua cheia e o som do violão.
As vozes formavam o coral
da família amizade,
na cumplicidade dos desejos
de nossas idades.
Que paz era esta?

domingo, 12 de julho de 2009

sono

dorminhoca
deixa de minhocar
ideias minhas
e de mais nenhum
do mundo minhocando.
Jung ou Freud
intrusos dos sonhos
alheios.
o sono profundo
que nem sonhos produzem
saberia Jung analisar?
ou talvez Freud.
nem um nem outro...
não foram abertas as portas do porão
nem sonhos, nem dia
nem claro, nem escuro
mistura de noite
e madrugada
a vida passa correndo
debaixo das cobertas
desperta!

domingo, 21 de junho de 2009

O que aconteceu?

Faz muito tempo.

Não escrevo mais.

Te deixei de lado.

Deixei várias coisas,

algumas num passado distante

outras, recente.

Cresci.

Não me angustio mais.

estava com saudades.

Saudades de sentimentos,

neste tempo de nada

sentir.

Não sei.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

papoteclado

o dedo correndo solto

no teclado

parece febre, parece peste.

Hão de corrigir as palavras mal concordadas

mas acordadas, alertas

e não acordadas em

pensamentos, em alma, em vida...

não se faz acordo em assunto de alma

seguem as teclas...

insanas, impertinentes, afobando

e afogando .

liberta "o ar que respiro"

esse papo teclado ou essa tecla papada,

(esse papo nosso

tá pra lá de Marrakech,

já tá pra lá de Teerã...)

nem rã, nem cobras, nem lagartos,

nem todos os espíritos, nem todos os feitiços

este papo teclado

ou esta tecla papada ?

(nem todos os santos,

irão explicar...)

esse papo ... já está

de manhã...

terça-feira, 7 de abril de 2009

"Minha Linda"

Onde está você agora, Minha Linda...
Em que ruas, que desertos se escondeu?
Por que mares já navegas Minha Linda...
Onde foi que a nossa história se perdeu?

Ah! Quase morro de esperar
Ah! Fico louco sem saber
Se tens tua vida em outras mãos,
porque não me liga pra dizer?

Nossa casa é feito um rio de solidão
Ora a água, ora a margem, rezo eu
Pra que os anjos que te cuidam,
cuidem bem
já que não posso cuidar
eu sendo eu!

Ah! Quase morro de esperar
Ah! Fico louco sem saber
Se tens tua vida em outras mãos,
porque não me liga pra dizer?



( letra e música de João Miguel Valencise )
site postado ao lado .Link www.valencise.com.br/musica- confiram!

dor

espantar a dor?

com qual remédio?

não aquela dor física.

aquela que ameaça

a alma e não lhe dá chances

de gritar por socorro.

sufoca nas entranhas o grito

cala a boca, emudece os lábios.

o que é isso?

Pessoa , o poeta fingi-dor,

finge que é dor

a dor que deveras sente.

e eu nem poeta, nem "fingidora",

fico com a minha dor

escancarada

na cara,

na raça.

vira minha

a dor da minha filha.

nela, propriamente dor

em mim

me invalida,

me descredencia,

me encurta a vida.

terça-feira, 24 de março de 2009

Cony

hoje, 24 de março de 2009

para mim, dia de reflexão. Escolhi um texto do Cony para deixa-lo no meu blog: "O suor e a lágrima" :

Fazia calor no Rio, 40 graus e qualquer coisa, quase 41. No dia seguinte, os jornais diriam que fora o mais quente deste verão que inaugura o século e o milênio. Cheguei ao Santos Dumont, o vôo estava atrasado, decidi engraxar os sapatos. Pelo menos aqui no Rio, são raros esses engraxates, só existem nos aeroportos e em poucos lugares avulsos.Sentei-me naquela espécie de cadeira canônica, de coro de abadia pobre, que também pode parecer o trono de um rei desolado de um reino desolante. O engraxate era gordo e estava com calor — o que me pareceu óbvio. Elogiou meus sapatos, cromo italiano, fabricante ilustre, os Rosseti. Uso-o pouco, em parte para poupá-lo, em parte porque quando posso estou sempre de tênis.Ofereceu-me o jornal que eu já havia lido e começou seu ofício. Meio careca, o suor encharcou-lhe a testa e a calva. Pegou aquele paninho que dá brilho final nos sapatos e com ele enxugou o próprio suor, que era abundante.Com o mesmo pano, executou com maestria aqueles movimentos rápidos em torno da biqueira, mas a todo instante o usava para enxugar-se — caso contrário, o suor inundaria o meu cromo italiano.E foi assim que a testa e a calva do valente filho do povo ficaram manchadas de graxa e o meu sapato adquiriu um brilho de espelho à custa do suor alheio. Nunca tive sapatos tão brilhantes, tão dignamente suados.Na hora de pagar, alegando não ter nota menor, deixei-lhe um troco generoso. Ele me olhou espantado, retribuiu a gorjeta me desejando em dobro tudo o que eu viesse a precisar nos restos dos meus dias.Saí daquela cadeira com um baita sentimento de culpa. Que diabo, meus sapatos não estavam tão sujos assim, por míseros tostões, fizera um filho do povo suar para ganhar seu pão. Olhei meus sapatos e tive vergonha daquele brilho humano, salgado como lágrima.

domingo, 22 de março de 2009

outono

aqui estou
sem novidades.
do outono passado,
não há nada diferente.
estranho sentimento
misterioso alento
do vento que chega à noite
anunciando a nova estação
e eu?
continua o antigo, nada renovado
estou mais velha e cansada.
ou entro na contra mão da vida
ou continuo no caminho certo da morte .
vento de outono
vem a noite e desaparece
com o dia
em cima , bem do alto, alguém sopra
que intenção terá?
leva para longe os temores?
ou trás de volta os achados
perdidos há muito tempo?
e neste baú haverá a embalagem
lilás com os dizeres: frágil ?
reconhecerei facilmente
a minha vida de volta.

quarta-feira, 4 de março de 2009

Carolina

pra semana um acontecimento
os minutos viram horas
na espera do nascimento...
na meiose
mistura de pai e mãe
que cara terá essa menina?
que nada, ela vem
inteira Carolina.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

limites

  • não fui trabalhar.
uma dor me pegou:
dor no joelho
e me limitou:
ando "elegantemente torta"
  • uma amiga me alerta:

"dor no joelho é medo do futuro"

Outra, me diz:
  • " é falta de humildade: você não consegue se curvar"
mas estou andando curvada...

fui jogar bola na praia caí e torci o joelho.
Pronto. É isso.
mas devo admitir que eu refleti sobre
as palavras das amigas.
devo ser humilde... mas ando arrogante.
ou sou arrogante ou levo a pior.
eu me proponho a mudar
serei humilde, "engolirei sapos"?
  • O Aurélio me diz -humilde: "Ingênuo, modesto, singelo, tolo, simples, simplório"
Não, não sou humilde. Nem quero ser.

Tenho medo do que me reserva o futuro profissional
pois ando desmotivada, cansada.
arbitrariedades me assustam.
Tenho medo. É isso.
E como resolvo a minha dor? ( no joelho?)
  • Bertolt Brecht me salva:
    " Nada é impossível de mudar"

"Desconfiai do mais trivial, na aparência singelo. E examinai, sobretudo, o que parece habitual. Suplicamos expressamente: não aceiteis o que é de hábito como coisa natural, pois em tempo de desordem sangrenta, de confusão organizada, de arbitrariedade consciente, de humanidade desumanizada, nada deve parecer natural nada deve parecer impossível de mudar."

Haveremos de mudar. A dor é necessária... induz às mudanças.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

folia

vou cair
na folia das ruas de Torrinha
e nós que tínhamos vinte
não deixamos nos cinquenta
cair o ritmo dos carnavais.
cai os cabelos,
a barriga e outras coisas mais
A folia?
quem faz somos nós.

Perdi

Perdi o sono.
Procurei em baixo da cama
não achei.
Sob as cobertas, não estava
atrás da porta, nada.
no teclado?
agora eu o perdi de vez.
ai...ai
vou tomar leite morno
e pensar que amanhã tem PS.
o danado terá que aparecer...

cadê os amigos?

to com saudade
hoje me bateu a nostalgia
quero ver
o Paulo,
a Bel,
o Pedro,
a Célia,
Rogério,
Dedé
Zeca,
Darlene,
Clarice
as anas,
Luciana,
Miguel,
Fernando, Beto,
Mando.
e tantos e todos
que me pertencem
ou que a eles eu
pertenço
e agora, hão os novos pra roda,
a Stela, o Novaes, o Raul, Alaor,
e aqueles que estão chegando:
Carolina e Yasmin.

estela brilha

a estela

estrelou

e num estalo

suas palavras acrescentam

meus dias.

feito estrela

brilha

nos céus "São Carlense".

cansaço

nem dedos,

nem braços

e quero então pensar?

nem pensar.

o cansaço é que determina

sem opções:

vá dormir!!

nem olhos sobraram...

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Confusões

quero mais da vida
vou cobrar agora
saio e me procuro
e digo:
"onde estão os seus sonhos?
e os projetos?"
" Chega de querer tanto
fica quieta no seu canto
que você ganha mais"
*
A chuva chega e carrega tudo
lá se vão os embrulhos
de saudade
as poesias que nem li
e ganho de ti, de você
um chocolate amargo
que vira nosso
no programa
da segunda, na TV.
*
a alma se atrapalha,
busca em outro corpo
a liberdade que não achou no outro
nem ela , nem eu , nem ele
que confusão!
*
Enrolada a vida que não é só.
perpetua no outro
aquilo que quer encontrar.
e de tanto querer
passa a viver aquilo que não quer
E o outro?
sei lá !
se emaranha
feito aranha,
e desce, roda, sobe, volta, foge...
e cai de novo no de sempre.
E aí?
tudo se acalma. Ufa!

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

poder

não há palavras

para definir "injusto"

é como se uma lâmina

atravessasse o peito

e a dor ali se instalasse para sempre

Não se substitui a vida, a alma de uma pessoa

substitui-se o profissional porém,

o ser, a luz, a dignidade

são insubstituíveis.

Perde, quem tem poder para tal

e jamais o poder único conseguirá

substituir o poder coletivo.

Pobre dele

a história mostra.

(às amigas)