segunda-feira, 13 de abril de 2009

papoteclado

o dedo correndo solto

no teclado

parece febre, parece peste.

Hão de corrigir as palavras mal concordadas

mas acordadas, alertas

e não acordadas em

pensamentos, em alma, em vida...

não se faz acordo em assunto de alma

seguem as teclas...

insanas, impertinentes, afobando

e afogando .

liberta "o ar que respiro"

esse papo teclado ou essa tecla papada,

(esse papo nosso

tá pra lá de Marrakech,

já tá pra lá de Teerã...)

nem rã, nem cobras, nem lagartos,

nem todos os espíritos, nem todos os feitiços

este papo teclado

ou esta tecla papada ?

(nem todos os santos,

irão explicar...)

esse papo ... já está

de manhã...

Um comentário:

Anônimo disse...

Sandra, é exatamente o que aconteceu. Adoro tua poesia, você consegue escrever sem que ela seja óbvia! Ela fluiu como nosso papo, como fluem nossas coisas...Valeu!
PR