sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Azul

chego em casa como
este vento fora de época, na primavera.
estou catatônica e anestesiada!
não que algo novo tenha acontecido
a cidade continua silenciosa
mas sem pressa para dormir,
a noite parece atenta...
qual seria a expectativa?
parece um estar de volta ao futuro
antes, pobre de certezas
soberano em sua existência,
inatingível,o futuro não teria plano
para o presente...
e o dia ,e a noite, todas iguais,
não queriam mais viver
sufocadas, silenciosas na dor,
cúmplice da indiferença ,
pediam mais: há de existir algo
deslumbrante ... e no céu onde a lua
arrebanha as esperanças,
trará o amanhã, azul...
como a minha alma deseja:
azul e calma para te amar!

3 comentários:

Raul Abreu disse...

Desde pequeno só uso azul! Não sei explicar; mas desde pequeno só uso azul. Também me atrai o outono, mas a primavera, o inverno e o verão! Há tanta beleza por aí, que podemos fazer nossa vida um eterno Oceano Azul. Tenho saudades de momentos, lugares, pessoas. Guardo-os com carinho e como fosse o único dono. Tudo é meu: Meu momento, meu lugar, meus amigos, meus sentimentos, meu amor! Eu sei que águas que passam voltam de uma forma ou de outra e poderá haver o momento especial para nos banharmos de novo nessas lindas águas passadas!

Anônimo disse...

Sandra, está lindo. Mas estou na contra-mão desse pensamento. Esperar o amanhã me traz ansiedade. Estou aprendendo a viver o aqui e agora, passar de observadora distante e residente do futuro, para uma situação de que hoje é que importa. Tento não pensar no amanhã e no que nos reserva. Criar expectativas? Não mesmo, minha desilusão pode agravar as coisas.

estou em QAP disse...

Raul, há dias em que creio no
" retorno das águas " em outros, concordo com a Anna: como as expectativas nos frustram!
abraços pra voces, Sandra