terça-feira, 9 de outubro de 2007

palavras

meia noite, meia vida...
nada por inteiro,
nada para completar
segue o incompleto vazio
segue o incompleto estado de ser
da cidade catatônica, pairando no ar
de outubros e primaveras...
não seria , se completo fosse
não existiria, se não fosse incompleto
assim segue a cidade ...
incompletamente segue
na meia linha, na meia vida
irreversívelmente na caminhada
para o final da vida...
segue a primavera, o verão cíclicamente, seguem...
e vai a vida ao meio
e vão os amores meio vividos
e vão os sonhos poucos, bem poucos sonhados
e vão os sonhos, a vida ,o amor,
e segue a cidade pacata e preguiçosa na segunda,
no meio do dia , inventando
formas de viver...
tediamente inerte,
esboçando no canto dos pássaros
a vida a ser vivida!
a preguiça é tanta,
e a cidade meio tonta
quase morre ao sol
do meio dia,
nesta metade de outubro

E eu?
quero tomar água e
mexer as pernas...

Um comentário:

Anônimo disse...

Ai, Sandra, tô nessa. Me fez lembrar de SP, nossas tardes oníricas. Ninguém sabe o tanto que foi bom. Em Janeiro/08 repetimos a dose, certo?