quarta-feira, 19 de novembro de 2014

quase nada de mim

como versos,
alimento.

como letras,
acalmo.

como palavras
emudeço.

engulo
sons
enlouqueço.

tropeço
no passado
procurando
o que foi 
de mim.
não entendo.

here lies
my self.







4 comentários:

Anônimo disse...

Eu sou o que fui
Ou será que pouco do que serei?
Mas, sou...
Sendo, estou.
Por isso escrevo,
Por isso também me alimento
De meus sentidos, de meu querer
Do meu buscar
De minhas estórias.
Estas letras são como lenha
Que incendeiam minha alma.
Aquecendo-a, acalentando-a
Fazendo eu viver!


estou em QAP disse...

lindo!
"As letras são como lenha que incendeiam a minha alma"
abços

Anônimo disse...

O menino estica o elástico
e o solta.
Estica e solta,
estica e solta.
Ele ignora que existe
um ponto de ruptura.
Ou saberia e desafia?
Será que ele sabe
quais são os limites,
o seu e o do elástico?
Será que ele sabe
quão tênue é este ponto?
Será que ele sabe
que os limites abaixam
com o repetir das vezes,
e que o mesmo esticar
pode romper um dos dois?
O elástico arrebenta?
O menino arrebenta?
Então, outro menino,
outro elástico, outro momento.
Puxa e puxa e puxa.
Seria outro menino?
Seria outro elástico?
Seria outra arrebentação?

Anônimo disse...

os escritos acima. "será que ele sabe que os limites abaixam com o repetir das vezes e que o mesmo esticar pode romper um dos dois? O elástico arrebenta? O menino arrebenta?"

os limites testados até a arrebentação...

não tenho claro os meus limites e muitas vezes me arrebentei!!!!
e sabe?
vivo na linha do infinito desiquilíbrio e por não me perceber, como o menino puxo e puxo e puxo e repito desafiando os limites : sou isso, não sou mais, agora sou, deixei de ser...Quem me suporta? vivo na arrebentação.