quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

limites

  • não fui trabalhar.
uma dor me pegou:
dor no joelho
e me limitou:
ando "elegantemente torta"
  • uma amiga me alerta:

"dor no joelho é medo do futuro"

Outra, me diz:
  • " é falta de humildade: você não consegue se curvar"
mas estou andando curvada...

fui jogar bola na praia caí e torci o joelho.
Pronto. É isso.
mas devo admitir que eu refleti sobre
as palavras das amigas.
devo ser humilde... mas ando arrogante.
ou sou arrogante ou levo a pior.
eu me proponho a mudar
serei humilde, "engolirei sapos"?
  • O Aurélio me diz -humilde: "Ingênuo, modesto, singelo, tolo, simples, simplório"
Não, não sou humilde. Nem quero ser.

Tenho medo do que me reserva o futuro profissional
pois ando desmotivada, cansada.
arbitrariedades me assustam.
Tenho medo. É isso.
E como resolvo a minha dor? ( no joelho?)
  • Bertolt Brecht me salva:
    " Nada é impossível de mudar"

"Desconfiai do mais trivial, na aparência singelo. E examinai, sobretudo, o que parece habitual. Suplicamos expressamente: não aceiteis o que é de hábito como coisa natural, pois em tempo de desordem sangrenta, de confusão organizada, de arbitrariedade consciente, de humanidade desumanizada, nada deve parecer natural nada deve parecer impossível de mudar."

Haveremos de mudar. A dor é necessária... induz às mudanças.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

folia

vou cair
na folia das ruas de Torrinha
e nós que tínhamos vinte
não deixamos nos cinquenta
cair o ritmo dos carnavais.
cai os cabelos,
a barriga e outras coisas mais
A folia?
quem faz somos nós.

Perdi

Perdi o sono.
Procurei em baixo da cama
não achei.
Sob as cobertas, não estava
atrás da porta, nada.
no teclado?
agora eu o perdi de vez.
ai...ai
vou tomar leite morno
e pensar que amanhã tem PS.
o danado terá que aparecer...

cadê os amigos?

to com saudade
hoje me bateu a nostalgia
quero ver
o Paulo,
a Bel,
o Pedro,
a Célia,
Rogério,
Dedé
Zeca,
Darlene,
Clarice
as anas,
Luciana,
Miguel,
Fernando, Beto,
Mando.
e tantos e todos
que me pertencem
ou que a eles eu
pertenço
e agora, hão os novos pra roda,
a Stela, o Novaes, o Raul, Alaor,
e aqueles que estão chegando:
Carolina e Yasmin.

estela brilha

a estela

estrelou

e num estalo

suas palavras acrescentam

meus dias.

feito estrela

brilha

nos céus "São Carlense".

cansaço

nem dedos,

nem braços

e quero então pensar?

nem pensar.

o cansaço é que determina

sem opções:

vá dormir!!

nem olhos sobraram...

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Confusões

quero mais da vida
vou cobrar agora
saio e me procuro
e digo:
"onde estão os seus sonhos?
e os projetos?"
" Chega de querer tanto
fica quieta no seu canto
que você ganha mais"
*
A chuva chega e carrega tudo
lá se vão os embrulhos
de saudade
as poesias que nem li
e ganho de ti, de você
um chocolate amargo
que vira nosso
no programa
da segunda, na TV.
*
a alma se atrapalha,
busca em outro corpo
a liberdade que não achou no outro
nem ela , nem eu , nem ele
que confusão!
*
Enrolada a vida que não é só.
perpetua no outro
aquilo que quer encontrar.
e de tanto querer
passa a viver aquilo que não quer
E o outro?
sei lá !
se emaranha
feito aranha,
e desce, roda, sobe, volta, foge...
e cai de novo no de sempre.
E aí?
tudo se acalma. Ufa!